Dilma afirmou ter dado poucas dicas a Lula sobre a quimioterapia porque, segundo ela, cada organismo reage de um jeito ao tratamento. A presidente usou uma gripe que a acomete para exemplificar. "Eu saí de Brasília, fazia uns 9 graus. Parei com o presidente Lula em Manaus, onde fazia 42 graus à sombra. Eu peguei a gripe. Ele tá inteiro e forte ainda".
A presidente disse ter sofrido muito com seu próprio tratamento - ela teve um linfoma, descoberto em 2009, e também passou por sessões de quimioterapia -, mas afirmou ter certeza de que Lula terá capacidade para superar o dele.
Dilma contou que conversou sobre vários assuntos com Lula, e não apenas sobre a quimioterapia. A presidente afirmou que Lula quis discutir o G20 e o desempenho dos países da zona do Euro, que sofrem com a crise financeira e econômica mundial.
"O presidente é uma pessoa que olha pra fora, não fica triste olhando pra dentro. Ele olha pra fora, olha pro mundo, olha pra vida. E é pra isso que ele dá importância. A conversa com o presidente é sempre uma conversa alegre, muito diversa, e sempre dos temas do país, do mundo".
Dilma sustentou também que Lula demonstrou preocupação com críticas que vêm sendo feitas a contratos do programa Minha Casa Minha Vida.
A presidente disse ainda que Lula está com um humor "maravilhoso, excepcional", e com "aquela alegria dele". Dilma sustentou ainda que o ex-presidente poupou a voz na conversa, pois falou em tom baixo. "Mas de repente ele sai do tom e fala mais alto".
Dilma encerrou a entrevista dizendo ter certeza de que Lula sairá "inteiro" do tratamento e ainda "contribuirá muito" com o Brasil.
"O povo brasileiro que torce por ele, que quer que ele melhore, pode ter certeza de que ele é um guerreiro, que vai sair de mais esse desafio inteiro, feliz e vai ainda dar muita contribuição para o nosso País".