terça-feira, 2 de agosto de 2011

Assembléia tem iniciativa pioneira na contratação de jovens com Síndrome de Down



 
FOTOS: João Gilberto
O relato emocionado das autoridades presentes e dos pais, apoiando a iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta, da Casa promover a inserção de jovens com Síndrome de Down no mercado de trabalho, marcou a solenidade realizada no plenário da Casa, na tarde desta terça-feira, 2, para assinatura do convênio com a Associação Síndrome de Down (ASD/RN) e com a Associação de Pais Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil (APABB).
Desde ontem (2) Felipe Medeiros Ramos, 24, Kalina Santos Falcão, 23 e Manuela Nely de Lima Araújo, 30, estão trabalhando na Casa. “É com muito orgulho que transformamos o discurso em realidade. Nossa casa foi pioneira e tem sido alvo de constantes solicitações de outras Assembleias. Esperamos que a iniciativa se reflita extensivamente a outras partes do País para um grande trabalho de inclusão social”, disse Ricardo Motta.
Manuela, que cursou o Magistério e trabalha como professora voluntária numa creche, falou em nome dos novos colegas de trabalho: “Estou muito feliz e só tenho a agradecer esta boa oportunidade”. A advogada Margarida Seabra, uma das fundadoras da ASD, disse que o convênio representa um avanço: “Nós acreditamos nesta Casa. O que a Assembleia fez foi tirar estas pessoas da invisibilidade”, disse.
O desembargador Cláudio Santos e o secretário estadual de Saúde, médico Domício Arruda, ambos com filhos portadores de SD, deram seu depoimento: “Endosso esse gesto não apenas na condição de pai, mas sobretudo como cidadão, pois mais do que a contratação de pessoas portadoras de deficiência, significa um novo paradigma para todo o Rio Grande do Norte”,disse o desembargador. Domício Arruda, um dos fundadores da ASD/RN, ressaltou sua satisfação em ver que o trabalho da associação vem dando resultados: “Batalhamos pela sua entrada nas escolas regulares, agora a luta continua pela inserção no mercado de trabalho. São pessoas capazes de muito mais do que a gente imagina”.
Os pais dos três jovens falaram das dificuldades que enfrentam no dia a dia e comemoraram a iniciativa: “Esta é uma excelente oportunidade, até pela questão do primeiro emprego, porque ainda é muito difícil para eles. Estamos esperançosos que dê tudo certo e que a iniciativa abra oportunidades para outras pessoas, pois já batemos em várias portas, disse Maria Gorete de Lima, mãe de Manuela.
Ana Lígia Falcão, mãe de Karina, também está entusiasmada: “Estou achando maravilhoso, pois é grande a expectativa dela para trabalhar. Estamos nessa grande expectativa pela própria questão da inclusão e temos a satisfação de mostrar o potencial dos nossos filhos”.Francisca Medeiros Ramos, mãe de Felipe, disse que o jovem aguarda ansioso o primeiro dia de trabalho: “É uma ótima abertura para ele mostrar sua habilidade”,afirmou.