Energia solar: alerta é para que o RN não perca competitividade por falta de financiamento
O mercado está otimista e ao lado da Bahia, o Rio Grande do Norte desponta no País como um dos campos mais promissores para a produção de energia solar. Esta foi a opinião unânime de todos os debatedores presentes à Audiência Pública convocada pelo deputado Gustavo Fernandes (PMDB). Pedro Cavalcanti, da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) disse que o RN continua sendo um dos melhores Estados brasileiros para se implantar esse tipo de energia renovável, mas fez um alerta para que não deixem o Estado perder competitividade para o Rio Grande do Sul por falta de financiamento, problema que atinge investidores.
“Além das condições climáticas, existe um espaço para o investidor. Temos aqui o apoio da federação das indústrias (Fiern), do Governo e essa Casa tem uma atuação constante dando o apoio legislativo”, disse Pedro Cavalcanti.
Um dos representantes da iniciativa privada e diretor da Centrotherm Photovoltaics, Sérgio Palhares, disse que o Brasil já perdeu grandes oportunidades, mas ainda tem chances de entrar nesse mercado da energia solar, que na sua avaliação, se sobressairá sobre as outras formas geradoras de energia renovável. A Centrotherm Photovoltaics é a segunda maior produtora de equipamentos para usinas termo solares do mundo, com mais de 30 anos de experiência. Localizada no sul da Alemanha, é uma empresa familiar que produz hoje, só para ficar num exemplo, 72% do que o mercado chinês utiliza.
Representando o governo, o coordenador de Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, José Mário Gurgel, disse que o trabalho que vem sendo realizado é para dar celeridade às licenças ambientais e o Idema, por sua vez, está se capacitando para atender num mínimo prazo possível todas as demandas que estão por vir por parte do setor de geração de energia solar no RN. A informação foi do coordenador de Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN, José Mário Gurgel, na Audiência Pública realizada nesta tarde (10) na Assembleia Legislativa.
“Há uns quinze anos a gente ouvia falar de energia eólica como algo muito distante, que se concretizou. Temos que agir para que o RN saia na frente de alguns estados do Nordeste”, disse o deputado