O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta, apresentou à governadora Rosalba Ciarlini, na tarde desta segunda-feira, 11, a comitiva de empresários alemães que veio a seu convite ao Rio Grande do Norte, interessada em investir na produção de energia eólica e solar no Estado.
Ricardo Motta disse à governadora que tinha ficado muito impressionado e feliz com a receptividade dos alemães, porque o convite foi feito há menos de 60 dias e eles já estão visitando o Estado, interessados em investir na geração de energia alternativa. Também faz parte do grupo o prefeito de Furth im Wald, Johannes Müller, cidade que conta com 35% de energia solar. O prefeito disse que o RN tem um grande potencial, pois a Alemanha tem apenas um terço da radiação solar do nosso estado.
Eles apresentaram duas propostas à governadora: a instalação da primeira fábrica de poli silício, cuja matéria prima é a areia, e a instalação de uma unidade de geração de energia solar, dentro do centro administrativo, que se tornaria auto suficiente, produzindo energia para seu próprio consumo.
Eles explicaram o funcionamento da planta e do projeto que custa 1,5 bilhão de euros, com financiamento próprio. O poli silício é matéria prima para a fabricação das placas de energia solar. Dentro da mesma área funcionaria o complexo para fabricação deste componente e também das placas de energia.
Os alemães tem know how para cuidar de toda a cadeia produtiva – desde a consultoria, passando pelo estudo para definir o melhor local de implantação do pólo, até a fábrica e finalmente a captação do mercado consumidor. No mundo todo, apenas a China, os Estados Unidos e a Alemanha tem fábrica de silício. Nessa formatação – a fábrica de poli silício e das placas de energia num só local - o Rio Grande do Norte seria pioneiro.
A iniciativa privada estava representada pela Siemens e Energia Fourtech e o setor cooperativista, pelo presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/RN), Roberto Coelho. O governo dando o sinal verde, o início e conclusão do projeto tem um prazo de 3 a 5 anos, respectivamente.
“Estamos muito satisfeitos com essa visita. A governadora demonstrou muito interesse nos projetos apresentados e disse que a equipe técnica do governo vai à Alemanha conhecer a tecnologia possivelmente já em agosto. E isso para o setor cooperativista e para o mercado em geral é uma ótima notícia”, disse Ricardo Motta.