Preconceito dos adversários,
o maior desafio de Henrique
Quem acompanhou o processo de definição da candidatura do PMDB ao governo do Estado do Rio Grande do Norte sabe de duas coisas básicas:
Uma - Quando o partido, por exigência das bases, decidiu romper a aliança política com a governadora Rosalba, passou a reivindicar, também, mas, sem imposição, o direito de apresentar candidato próprio ao governo do Estado.
A outra – Até onde pôde, o deputado Henrique Eduardo Alves tentou preservar o amplo espaço de atuação política que conquistou no âmbito nacional, reafirmando seu projeto de disputar uma nova reeleição – a 12ª – de deputado federal.
A partir daí, Henrique passou a demonstrar ao partido que, mais importante que a escolha prematura de um nome, era a formação de um amplo leque de apoio político. Ou seja: Somar as forças políticas mais responsáveis, de modo que, ao escolhido, fossem asseguradas não apenas as maiores chances de sucesso eleitoral, como também o necessário respaldo para realizar uma administração capaz de tirar o Estado do caos administrativo em que se encontra.
Foi um trabalho basicamente de formiguinha, ouvindo representações do partido em todos os 167 municípios do Estado, seguindo-se, já neste ano, a abertura da troca de impressões com outros partidos – sem nenhuma exceção e sem nenhum preconceito. Aonde Henrique chegava, em matéria de nomes, a conversa era uníssona: “A vez é sua”.
Resistiu o quanto pôde. Mas, chegou um momento em que percebeu que não podia continuar procurando uma saída para ser outro. “O que é que eu vou dizer? Simplesmente que não quero?”
Claro: Seria muito mais cômodo fugir. Escapar. Mas, não. Às vésperas das convenções, já se pode dizer que o desafio foi aceito. Agora é se dedicar à maratona eleitoral 24 horas por dia, certo de que seu maior adversário será o preconceito dos que insistem em não reconhecer a dedicação com que abraça suas responsabilidades na vida pública.
Poti Neto
Vice-prefeito de São Gonçalo do Amarante-RN