quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Grupo desocupa sede do Instituto Lula em São Paulo

Assentados em área em Americana seguirão para sede do Incra em SP.
Manifestantes querem encontro com Dilma se não tiverem terra regularizada.


Tatiana Santiago Do G1 São Paulo
Assentados em área rural em Americada deixam sede do Instituto Lula e seguem para o Incra em SP; grupo quer regularização dos terrenos (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Assentados em área rural em Americada deixam sede do Instituto Lula e seguem para o Incra em SP; grupo quer regularização dos terrenos (Foto: Tatiana Santiago/G1)
O grupo que ocupava a sede do Instituto Lula deixou o prédio por volta das 14h30 desta quinta-feira (24). Os cerca de 50 manifestantes pertencem a um assentamento rural em Americana, no interior de São Paulo, e cobram a regularização da posse das terras.
A ocupação começou às 6h30 de quarta. Após um dia de negociações com a diretoria do instituto, os assentados seguiram para a sede do Incra em São Paulo, onde terão uma reunião às 17h. A sede do Incra está ocupada desde terça-feira (15).
Na quarta, por meio de nota, o Incra havia informado que “vem tomando todas as medidas judiciais pertinentes para comprovar que o domínio do imóvel é público, com o objetivo de suspender a reintegração de posse" do terreno onde está instalado o assentamento Milton Santos.
De acordo com o assentado Paulo Albuquerque, de 29 anos, um dos representantes do movimento, o grupo quer ir ao encontro da presidente Dilma Rousseff, que visitará São Paulo na sexta-feira (25), caso não tenha a posse da terra regularizada. "Se a negociação não apontar para a solução do problema, nossa luta vai continuar. Nós temos consciência que a única solução para o assentamento Milton Santos é a desapropriação por interesse social imediata, porque faltam cinco dias para ocorrer o despejo", disse.
O diretor do Instituto Lula, Luiz Dulci, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse que, a pedido do movimento, fez vistoria em todos os cômodos e “está tudo em ordem”. “Nada foi danificado”, afirmou. Ele ressaltou que as salas do 2º andar do prédio, onde fica a sala de Lula e a documentação, permaneceram fechadas.
Causa 'justa'
Dulci disse na tarde de quarta-feira (23) que acha “justa” a causa do movimento dos integrantes do assentamento Milton Santos. Os manifestantes querem que a presidente Dilma Rousseff assine o decreto de desapropriação da área no interior do estado.