terça-feira, 5 de março de 2013

Venezuela Urgênte:

Morre aos 58 anos Hugo Chávez, presidente da Venezuela

Ele lutava contra um câncer desde 2011 e passou por tratamento em Cuba.
Vice Maduro anunciou morte e disse que mobilizou as Forças Armadas.

Do G1, em São Paulo

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na tarde desta terça-feira (5), aos 58 anos, na capital Caracas, após um ano e meio de luta contra o câncer.
A morte ocorreu às 16h25 locais (17h55 de Brasília), segundo o vice-presidente Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez, que fez o anúncio em um pronunciamento ao vivo na TV.
"Às 16h25 locais (17h55 de Brasília) de hoje 5 de março, faleceu o comandante presidente Hugo Chávez Frías", disse Maduro, emocionado.
"É um momento de dor", afirmou, cercado pelos ministros do governo.
Chávez estava internado em um hospital militar na capital, Caracas.
Ao fazer o anúncio, o vice Maduro afirmou que mandou as Forças Armadas para as ruas, para garantir a segurança.
A cúpula das Forças Armadas apareceu na TV estatal para jurar lealdade a Maduro e respeito à Constituição.
A luta contra o câncer havia impedido Chávez de tomar posse em 10 de janeiro, depois da reeleição obtida em outubro de 2012 para um terceiro mandato de seis anos.
Em janeiro, a Assembleia Nacional concedeu ao presidente uma permissão indefinida de ausência do país para tratar a doença, em Cuba, enquanto o Tribunal Supremo de Justiça autorizou que a posse de Chávez fosse adiada para quando ele tivesse condições de saúde.
A oposição protestou fortemente contra isso, exigindo que o governo desse informações mais claras sobre o estado de saúde do líder.
O governo retrucava pedindo "tempo" e "respeito à privacidade" de Chávez.
Trajetória
Hugo Rafael Chávez Frías nasceu em 28 de julho de 1954, em Sabaneta, estado de Barinas, no oeste do país. Filho de professores, ele casou e se divorciou por duas vezes. Tem quatro filhos – duas mulheres e um homem do primeiro matrimônio, e uma menina do segundo – e três netos.

Militar reformado, Chávez entrou para a política depois de uma fracassada tentativa de golpe de Estado que o levou à prisão, em 1992.

Desde que venceu as primeiras eleições presidenciais, em 1999, com a promessa de pôr fim à "partidocracia corrupta" em que o governo havia se transformado e de distribuir a renda do petróleo entre os setores excluídos da sociedade, o presidente assumiu um estilo único de fazer política.

Ele chegou ao poder em fevereiro daquele ano como o 47º presidente da Venezuela, jurando sobre uma Constituição que ele afirmou estar "moribunda".

Entre suas primeiras decisões, proibiu que o Departamento Antidrogas dos Estados Unidos fizesse sobrevoos no país e, anos mais tarde, em 2008, expulsou o embaixador americano.

No final de 1999, alcançou o seu objetivo de mudar a carta magna da Venezuela e iniciar o que chamou de "Revolução Bolivariana".