quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Grupo ocupa prédio do Instituto Lula em SP

Cerca de 50 manifestantes de assentamento de Americana invadiram local.
Polícia Militar negocia saída do grupo.

Do G1 São Paulo
Assentados ocuparam prédio do Instituto Lula nesta manhã (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Assentados ocuparam prédio do Instituto Lula nesta manhã (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Cerca de 50 integrantes do assentamento Milton Santos de Americana, no interior de São Paulo, ocupavam a sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, na Zona Sul da capital paulista, na manhã desta quarta-feira (23).
A ocupação teve início por volta das 6h30 e a Polícia Militar negocia a saída do grupo do local. Não houve registro de confronto até as 8h40. Os manifestantes afirmam que só deixarão o prédio do Instittuto Lula após a presidente Dilma Rousseff assinar o decreto de desapropriação da área em Americana.
Segundo os manifestantes, a ocupação ocorre com o objetivo de pressionar o governo federal a resolver a situação do assentamento, que tem 70 famílias instaladas e que serão desapropriadas. Uma parte do grupo ocupa o prédio do Incra, na região da Santa Cecília, no Centro, desde o dia 15. 
Faixas foram colocodas em frente à sede do instituto (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Faixas foram colocodas em frente à sede do
instituto
(Foto: Tatiana Santiago/G1)
De acordo com Vandré Ferreira, advogado que representa as famílias, foi o Incra quem ofereceu a área de 102 hectares para o assentamento, há sete anos. “No entanto, o Incra não deu andamento correto na documentação de transferência das glebas e os proprietários do terreno ganharam na Justiça a reintegração de posse”, afirmou.
Ainda de acordo com o advogado, a área é 100% produtiva e as famílias cultivam desde hortaliças, raízes, tubérculos, além da criação de gado, aves e suínos.
“Queremos marcar uma reunião com representantes do governo e vamos pedir uma desapropriação do terreno por interesse social”, disse Ferreira. A saída voluntária das famílias do assentamento deve ocorrer até o dia 30 de janeiro, segundo determinação judicial.
A ocupação ocorreu quando o primeiro funcionário do Instituto Lula, um segurança, chegou para trabalhar. A diretoria do instituto se reuniu com representantes dos assentados, entretanto não se pronunciou sobre a invasão até as 10h desta quarta-feira.